Autoridades brasileiras e sul-africanas se reuniram nesta quarta-feira (14), na Marina da Glória, no Rio de Janeiro
A Confederação Brasileira de Vela – CBVela recebeu autoridades sul-africanas e brasileiras, nesta quarta-feira (14), na Marina da Glória, no Rio de Janeiro. A entidade foi convidada pela Secretaria Nacional de Esportes de Alto Desempenho para intermediar um bate-papo com executivos do Comitê de Esportes da África do Sul.
Neste intercâmbio, a CBVela expôs alguns pontos que ajudam a explicar o sucesso do esporte no Brasil. A entidade também apresentou a sua estrutura e alguns dos seus compromissos sociais. Já as autoridades sul-africanas seguirão em um tour no Rio de Janeiro, com visita a outras confederações, como a CBF, do futebol.
A vela é responsável por 19 medalhas olímpicas para o país (só atrás do judô, com 24). Além disso, é recordista de medalhas de ouro: oito, incluindo as conquistas de Martine Grael e Kahena Kunze, na classe 49erFX, no Rio 2016 e Tóquio 2020.
“Foi muito importante esse evento para a gente da CBVela. Precisamos dessa conexão com os outros países, principalmente da África, da Ásia e do Oriente Médio. São locais que estão se desenvolvendo na vela e aparecem como novos lugares para a prática do esporte. A África é um local tradicional da vela, principalmente a África do Sul, muito forte na vela oceânica, como a regata Cape Town-Rio, que liga os dois países”, comentou Marco Aurélio de Sá Ribeiro, presidente da CBVela.
“Do ponto de vista técnico e político, é muito importante ter esta troca, principalmente porque queremos exportar nossa tecnologia de projetos sociais para outros países”, completou o dirigente.
Além de Marco Aurélio, o evento também contou com palestras de Juan Sienra, gerente técnico da entidade, e Walter Boddener, gerente de competições da CBVela. Quem também compareceu foi Marta Sobral, secretária nacional de Esporte de Alto Desempenho.
“Foi muito legal poder representar o Ministério do Esporte. Também foi muito importante apresentar detalhes do Bolsa Atleta, nosso principal programa de incentivo aos atletas. Nossos convidados também conhecerão a estrutura da CBVela e um pouco do legado olímpico. Com certeza, eles vão levar muito conhecimento deste encontro”, avaliou Marta.
Juan Sienra, que é uruguaio, também mostrou empolgação com as lições passadas para as autoridades africana. Após as palestras, houve uma confraternização, com troca de presentes.
“Ficamos muito felizes com o convite da Secretaria de Esportes de Alto Desempenho. Isso é reconhecimento de um trabalho. Esperamos ter ajudado a África do Sul a se desenvolver e ter uma vela mais acessível. Mostramos alguns dos nossos projetos, como os sociais, os com jovens velejadores, mas também com atletas olímpicos”, comentou.
Apoio à vela Jovem
A vela brasileira tem como destaque o Núcleo de Base do programa da Confederação Brasileira de Vela – CBVela junto ao Ministério do Esporte pelo Convênio 920223/2022.
O projeto ajuda no fomento à modalidade desde o ano passado. Sede da Rio 2016 e de outros grandes eventos da vela, a Marina da Glória, na capital fluminense, recebe adolescentes entre 13 e 17 anos para treinos visando eventos nacionais e internacionais da Vela Jovem. Outros campings de treinamento foram realizados no Clube Naval Charitas, em Niterói (RJ).
O trabalho leva jovens atletas a se aperfeiçoarem na modalidade, com o propósito de levá-los ao alto-rendimento, incluindo participações em classes olímpicas e pan-americanas.
Sobre a CBVela
A Confederação Brasileira de Vela (CBVela) é a representante oficial da vela esportiva do país nos âmbitos nacional e internacional. É filiada à Federação Internacional de Vela (World Sailing) e ao Comitê Olímpico Brasileiro (COB).
A vela é a modalidade com o maior número de medalhas de ouro olímpicas na história do esporte do Brasil: oito. Ao todo, os velejadores brasileiros já conquistaram 19 medalhas em Jogos Olímpicos.