Robert Scheidt vê Brasil em condições de fazer bonito no Mundial da Juventude

Esportes

Bicampeão olímpico na classe Laser, velejador aponta Felipe Fraquelli e Erick Carpes como promessas do esporte nacional

A cidade de Búzios (RJ) sediará o Mundial da Juventude de Vela, entre 8 e 16 de dezembro deste ano. Em 2023, a World Sailing deu à CBVela – Confederação Brasileira de Vela – a responsabilidade de organizar a competição. Nas regatas, o Brasil também quer fazer bonito e conta com a torcida de grandes nomes do esporte, como do bicampeão olímpico na classe Laser Robert Scheidt. 

Paulistano de 50 anos, Scheidt ganhou ouros olímpicos em Atlanta-1996 e Atenas-2004, outras três medalhas olímpicas e 17 medalhas em Mundiais, sendo 15 ouros. Um dos grandes nomes da vela nacional e internacional, o velejador valoriza a importância do Mundial da Juventude de Vela em sua formação como atleta. 

Ele participou duas vezes da competição. Em 1990, na Holanda, terminou em quinto lugar. No ano seguinte, Robert Scheidt foi campeão na Escócia. 

“Os dois foram muito importantes para mim. primeira participação foi muito especial por ter sido a minha primeira competição fora do Brasil na classe Laser. Valeu como uma grande experiência e ver o que os grandes velejadores estavam fazendo e como estavam se preparando. Me deixou com um gostinho de quero mais e em 1991 me preparei muito bem, cheguei em grande forma e com boa antecedência à Europa e saí campeão. Foi um divisor de águas na minha carreira. Me deu muita confiança para seguir em frente e participar das Olimpíadas”, conta Robert Scheidt. 

Brasil bem representado

O evento para velejadores de até 18 anos terá Búzios (RJ) como sede pela segunda vez. Em 2009, o Mundial da Juventude foi marcado pela primeira conquista internacional das bicampeãs olímpicas Martine Grael e Kahena Kunze, que ficaram com o ouro na classe 420. O Brasil soma ao todo 16 medalhas na história da competição. A primeira medalha foi obtida justamente por Robert Scheidt. 

As regatas do Mundial da Juventude 2023 devem reunir mais de 600 atletas e treinadores do mundo todo. A cidade de Búzios (RJ) deve abrigar mais de 900 pessoas durante o campeonato. As classes em disputa serão: ILCA 6, 420, 29er, Nacra 15, Hobie Cat 16, Fórmula Kite e iQFoil. Esta é a 52ª edição da competição. 

De 2009 para cá, passaram-se 14 anos. O o Mundial da Juventude dobrou de tamanho e ganhou novas classes, se aproximando do calendário olímpico e igualando meninos e meninas em número de participação. A World Sailing também definiu que a edição 2024 do Mundial da Juventude será em no Largo di Garda, na Itália, no mês de julho, às vésperas dos Jogos Olímpicos de Paris-2024.

“Muito bom que o Brasil tenha trazido o evento para Búzios. É um dos melhores locais para velejar. Tenho certeza que a CBVela fará uma grande competição. E, para os europeus e americanos, que estão no inverno no Hemisfério Norte, vir para cá é agradável. A juventude brasileira está muito bem representada, com nomes como  Felipe Fraquelli, Erick Carpes, entre outros. São muitos jovens com potencial e é um evento que marca a vida do velejador. É uma mini olimpíadas”, acrescentou Robert Scheidt. 

Apoio à vela Jovem

A vela brasileira tem como destaque o Núcleo de Base do programa da Confederação Brasileira de Vela – CBVela junto com a Secretaria Especial do Esporte e a Secretaria de Especial do Alto Rendimento – SNEAR do Ministério da Cidadania para a vela jovem pelo Convênio 920223/2022.

O projeto ajuda no fomento à modalidade desde o ano passado. Sede da Rio 2016 e de outros grandes eventos da vela, a Marina da Glória, na capital fluminense, recebe adolescentes entre 13 e 17 anos para treinos visando eventos nacionais e internacionais da Vela Jovem. Outros campings de treinamento foram realizados no Clube Naval Charitas, em Niterói (RJ).

O trabalho leva jovens atletas a se aperfeiçoarem na modalidade, com o propósito de levá-los ao alto rendimento, incluindo participações em classes olímpicas e pan-americanas.

Sobre a CBVela

A Confederação Brasileira de Vela (CBVela) é a representante oficial da vela esportiva do país nos âmbitos nacional e internacional. É filiada à Federação Internacional de Vela (World Sailing) e ao Comitê Olímpico Brasileiro (COB).

A vela é a modalidade com o maior número de medalhas de ouro olímpicas na história do esporte do Brasil: oito. Ao todo, os velejadores brasileiros já conquistaram 19 medalhas em Jogos Olímpicos.

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