Vela oceânica brasileira terá cinco barcos em tradicional regata sul-americana

Esportes

Regata Buenos Aires Punta será disputada em 13 de janeiro e comemorará centenário do Yacht Club Punta del Este

A vela oceânica brasileira terá cinco representantes na regata sul-americana Buenos Aires Punta del Este, que faz parte do Circuito Rolex Atlántico Sur 2024. Os veleiros do país são: Crioula 52, Phoenix, Índio, Xamã e Boto V. 

A prova da classe ORC está marcada para o dia 13 de janeiro e terá 167 milhas náuticas, saindo do Yacht Club Argentino e chegando ao Yacht Club Punta del Este, que completa seu centenário nesta temporada. Mais de 50 veleiros estão inscritos.

As equipes filiadas à ABVO – Associação Brasileira de Veleiros de Oceano enfrentarão barcos de ponta do continente, representando os países vizinhos Argentina e Uruguai. Após a travessia, serão realizadas regatas em Punta valendo pontos para o Circuito Rolex Atlântico Sur 2024.

”Será a primeira vez que o Boto V vai participar desse campeonato. É uma regata desafiadora, com bastante corrente e deve ventar mais. Vamos levar o Alejandro Bottino, um argentino projetista, que conhece muito bem o local. Nosso objetivo nessa estreia é cometer menos erros numa raia nova”, contou André Sobral, comandante do Boto V, um Solaris 50.

Campeão mundial e finalista olímpico, Jorge Zarif é um dos integrantes do Phoenix de Fábio Cotrim e Mauro Dottori, um Botín 44. O atleta espera um bom resultado nessa abertura de temporada em um dos campeonatos mais fortes da região ao lado da Semana Internacional de Vela de Ilhabela.

”É um evento muito competitivo, com barcos fortes na Argentina e também brasileiros. Punta normalmente venta bem, com calor e água fria. Nosso objetivo é fazer um bom campeonato e se divertir bastante”. 

Outros representantes são o novo Índio, um Felci 315 RF Yatchs, comandado por Cícero Hartmann, e o Xamã, de Sérgio Klepacz, que é um Grand Soleil 46.

Em 2023, o Crioula 52 com seu novo TP52 foi o Fita-Azul e ficou com a segunda colocação no geral na prova na classe ORC. O barco cruzou a linha de chegada em primeiro lugar após 18h 54min41s.

”Temos uma flotilha muito forte para disputar esse que é um dos grandes eventos anuais da modalidade oceano. Costumo dizer que é a Brazilian Sail Storm nas águas sul-americanas”, disse Bayard Neto, comodoro da ABVO – Associação Brasileira de Veleiros de Oceano, que tem como objetivo nessa gestão a criação do conselho técnico para discutir regras de rating, auditoria de certificados de medição e outros assuntos relacionados ao segmento.

No Circuito Rolex Atlântico Sur 2024, outros barcos da classe J70 se juntam à flotilha da ORC nas regatas estilo barla-sota que serão realizadas em Punta a partir de 17 de janeiro. Serão 20 barcos da J70 com quatro do Brasil: El Enemigo, Viking, Mindset e Bossa Nova.

Sobre a ABVO

Fundada em 1955, a Associação Brasileira de Veleiros de Oceano é a única entidade de promoção da Vela de Oceano no Brasil. Braço oficial da Confederação Brasileira de Vela (CBVela), a ABVO é responsável por organizar competições anuais e contribuir para o legado de um dos esportes mais vitoriosos do país, tanto nas classes olímpicas quanto nas não olímpicas.

A ABVO tem o santista Bayard Umbuzeiro Neto como Comodoro, o bicampeão olímpico Torben Grael como 1º Vice-Comodoro, e Paulo Cezar Gonçalves, o Pileca, como 2º vice-Comodoro. Dentre os objetivos da atual gestão, estão promover a otimização e a racionalização do calendário nacional, estreitar o relacionamento com os clubes para viabilizar eventos e agregar um maior número de barcos participantes das diversas flotilhas regionais, oferecer suporte técnico em todos os níveis para as competições, otimizar a apuração instantânea dos resultados e articular com o Governo Federal incentivos tributários e melhores condições para a importação de embarcações, entre outros.

Foto: Matias Capizzano

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